quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Previsões de Mãe Alessandra e Pai Fabiano para 2010




- queda de avião abalará o mundo;
- um líder político será assassinado;
- terremoto matará milhares de pessoas;
- enchentes destruirão cidades do Brasil;
- furacão arrasará a Costa do Caribe;
- artista famoso passará por momentos difíceis;
- o Brasil perderá um de seus grandes ídolos;
- cantora famosa dará a luz a gêmeos;
- Ivete Sangalo lançará novo hit no verão;
- bloco de Daniela Mercury será um dos mais animados do Carnaval de Salvador;
- o Palmeiras contratará grande nome do futebol brasileiro;
- haverá um choque entre dois trens na Ásia;
- um mega-atentado ocorrerá na Faixa de Gaza;
- bolsa de valores de grande país asiático sofrerá queda, abalando a economia mundial;
- a proximidade entre Júpiter e Vênus modificará os acontecimentos em nosso planeta;
- gigante da informática adquirirá companhia de tecnologia emergente;
- um político será alvo de escândalo;
- Lula apoiará Dilma na sucessão presidencial;
- Papa Bento XVI terá problemas de saúde;
- será descoberto um grande esquema de corrupção no Senado;
- Obama visitará país do Oriente Médio;
- Roberto Carlos fará seu especial de final de ano próximo ao Natal;
- um africano vencerá a São Silvestre;
- o ano no Brasil começará somente após o Carnaval;
- reunião de líderes mundiais debaterá temas ecológicos em cidade européia;
- Xuxa lançará filme "infantil";
- Osama Bin Laden enviará vídeo à tv Al Jazzera;
- Bromélia lançará Galinha Pintadinha II;
- inovação tecnológica causará furor entre os geeks;
- queima de fogos em Copacabana será a maior do século;
- Renato Didi Aragão continuará no cargo de embaixador do Unicef;
- NASA enviará tripulação ao espaço;
- Índia e Paquistão entrarão em atrito por conta de questões nucleares;
- azul ciano, amarelo-gema e fúcsia serão as cores regentes de 2010.

domingo, 29 de novembro de 2009

Viva a porquice!

Não, não estou a fim de ser formal ou elegante ao escrever. Meu negócio hoje é reclamar - se bobear sai até um palavrão...pra você! hehehe A última parte foi brincadeira :D
Agora é sério:

1* Chegou o verão, muito sol, calor, sorvete, praia, piscina, pouca roupa...Assim como ninguém se lembra da gripe A, também se esqueceram de lavar as mãos e o álcool em gel deixou de estar disponível. Higiene, mesmo, só em caso de epidemia.

2* Entre todas as barbeiragens e trangressões no trânsito, a mais sacana é estacionar em vaga de deficiente. O pior é quando há outras vagas livres e a pessoa vai, sei lá com qual motivação, e estaciona na vaga preferencial. Sem comentários.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Agora entendo Richard Dawkins

Durante todo meu processo de desconversão das religiões e do conceito de deus (estou devendo um texto sobre isso), uma das coisas que sempre pensei foi: "Não vejo porque os outros precisem saber e agora que não tenho mais a crença, não quero fazer como os religiosos e sair por aí 'pregando' a não existência de seres mitológicos ou qualquer outra coisa não provável".

Só que por todo o tempo de minha vida que passei acreditando em deus e o tanto que tive de crenças, valores, preconceitos entranhandos, uma das coisas que faço até hoje é ler sobre a não-crença. Adoro visitar sites sobre ateísmo e/ou ceticismo, como atestado nos meus sites favoritos deste blog. Faço isso porque não acho que o misticismo responda as questões que tenho e mesmo que não tenha uma resposta definitiva, é lendo sobre ciência e filosofia que vou conseguir ao menos entender um mínimo sobre existência, universo, mundo, ser humano, além de poder compartilhar com outros ateus e agnósticos este ponto de vista que ficou sempre relegado à margem da sociedade. Agora, temos lugares para ler, discutir, compartilhar. E o que acontece?

Sim, os crentes (no sentido daqueles que creem), entram nestes sites para fazer proselitismo. Citam a Bíblia, falam de inferno, falam de Jesus, de recompensa, de paraíso. Entram para falar de Criacionismo, Design Inteligente, sobre os "furos" da Teoria da Evolução, do Big Bang. Adoram falar mal do que a ciência conquistou e avançou gigantemente nos últimos 200 anos. Só que... Pra que fazer isso num site de ateus? No fim, é divertido responder a esse tipo conversa, mas é um site de ateus, a maioria ex-religiosa, pessoas que viram que a religião não respondia nada além do surrado "Foi porque Deus quis assim".

Aí eu entendo porque o biólogo Richard Dawkins, um dos grandes nomes do ateísmo, diz aos ateus para "saírem do armário" e ainda: que militem e exijam respeito a não crença. Pois quando a religião é aplicada apenas dentro das igrejas e individualmente, ela não é um problema. Mas quando ela é levada em lugares que ela não cabe, isso passa a ser abuso. Isso passa a ser desrespeito. Para muitos crentes, é inadimissível que existam pessoas que não compartilhem de suas crenças, como se isso fosse impossível. Aí eles acham que é obrigação levar a palavra de seus deuses para os outros. E como estamos no Brasil, estamos falando dos cristãos. Paulo, em seus devaneios doidos, diz que os cristãos tem que fazer tudo para pregar a palavra de Jesus pelo mundo (mentir, inclusive), não importando se os outros já passaram por isso e exatamente por isso não querem mais ser importunados.

Se um ateu quer ler ou escrever sobre religião, é apenas um gosto que ele tem, assim como eu escrevo sobre música, sobre a pequena, sobre a Discovery Kids. Mas para alguns, isso é só uma "crença ressentida". Por isso, digo e abertamente: não tenho crenças. Já tive, sofri muito, especialmente com o conceito de "pecado", passei por fases horrorosas de dúvidas, medo e desconversão e hoje sou muito feliz e continuo a mesma pessoa, acho que até mais integro, já que faço as coisas porque acho que é o melhor para mim ou minha família, não por medo de pecado ou achando que vou para o paraíso.

Não quis me tornar ateu. Isso foi algo que aconteceu. Não cheguei um dia e disse: "Hoje vou deixar de acreditar em deus". Só quero que respeitem a mim e todos os outros que tem que aguentar comentários como "Ah, como alguém pode viver sem deus...", "Você sabia que Hitler era ateu", "Os maiores assassinos da história, Mao e Stalin, eram ateus", "Um ateu não tem moral ou ética por não acreditar em Deus", "Que valores uma sociedade atéia poderia passar aos cidadãos?", "Ateus não são pessoas felizes porque não tem deus no coração" e tantas, mas tantas outras que posso dizer que essas são leves. Tem as ameaças ou pragas também, como "Quero ver quando alguém da sua família ficar doente se você vai continuar a ser ateu..." ou, "Deus sabe o que faz. Ele vai estar te esperando na sua morte". Pérolas do amor cristão, como podem ver.

É isso. Só quero respeito e que acreditem no que quiserem, mas fiquem longe de mim. Não preciso de muletas, não quero preencher lacunas com figuras místicas e não tenho o menor interesse em voltar a uma igreja ou ter uma religião nova, porque meu cérebro simplesmente não aceita mais esse tipo de coisa. Para mim, agora é: "Prove que algo existe ou nem precisa começar uma discussão. Aquilo que não sei, vou tentar descobrir. Só não vou inventar algo ou aceitar qualquer coisa sem provas só porque sou ignorante".

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Os Simuladores (Los Simuladores)

Santos, Vargas, Medina y López. Tá, eu não falo espanhol e meu cérebro tem uma baita resistência a esse idioma, mas guardem os nomes. Não fosse o Almodóvar, com certeza ainda estaria evitando ver certas coisas na TV, como esta maravilhosa série produzida pela mexicana Televisa, com suporte da Sony.
Confesso que fiquei com um pé atrás quando vi o primeiro episódio, pois não tinha idéia do que iria ver. Ou melhor, tinha sim. Achei que ia ver uma série nos moldes da produções brasileiras, como Mandrake, Filhos do Carnaval, 9mm e outras séries brasileiras. Ou seja, o velho ranço com produções não estrangeiras, de preferência americanas.
Mas sendo sincero, Os Simuladores é atualmente minha série de comédia favorita, de longe. Mais do que Friends, Two and a Half Men, Scrubs ou The Big Bang Theory. Imaginem uma série que aparecem pessoas com problemas e no meio da conversa, a outra pessoa, que apenas ouve, fala de "pessoas" que podem ajudar e que eles resolvem qualquer pendenga.
A pessoa marca um encontro e de repente aparece... Santos (Logística e Planejamento). Ele ouve o problema, fala sobre os custos elevados da operação e diz que entrará em contato. No quartel general (sim, eles tem um QG), Medina (Investigação) conta detalhes do problema, fala da investigação que foi, fornece detalhes, pontos fracos de quem oprime a pessoa que pediu ajuda. Santos chega ao plano e pede a López (Técnica e Mobilidade), para providenciar o que será usado na operação. E finalmente, entra Vargas (Caracterização), com seus disfarces, dando início ao golpe.
Parece simples, parece esquisito, mas é fantástico. As situações que os simuladores resolvem são as mais triviais, como um produtor de novelas que tem que lidar com uma atriz carrasca, um menino que é ridicularizado na escola pelos colegas, uma pessoa não bem dotada esteticamente e que marca um encontro pela internet com uma beldade argentina ou até salvar a própria pele ou de seus ajudantes (sim, eles tem ajudantes, mas que chamam de colaboradores). E o que acho que é a marca do seriado: a execução dos planos, que são ABSURDAS, mas que ao serem expostas fazem tanto sentido que acabam envolvendo completamente o telespectador. Vou dar um exemplo (mas sem contar o final).
Em um dos episódios, velhinhos moradores de um asilo, cuja dona pretende vender o lugar, chamam os simuladores e o plano deles é surreal: Vargas fantasia-se de vampiro (é sério) e seduz a dona do asilo para que ela venda o terreno para ele. E o desenrolar, eu não conseguia parar de rir. Você sabe que aquilo é inverossímil, que ninguém acreditaria em algo assim, mas eles são tão convincentes, tão persuasivos que até quem está assistindo começar a levar aquilo a sério, sabendo, é claro, que é apenas um "simulacro".
Vale muito à pena, apesar de dois problemas: só passa na TV a cabo e num horário bizarro na Sony, acho que 4 da tarde no sábado, com algumas reprises espalhadas na programação.
Vale lembrar, que assim como o CQC, a idéia original e os primeiros programas surgiram na Argentina.

E claro, vai a crítica. Por que diabos não conseguem fazer algo desse nível no Brasil? É sempre favela, sertão. Nada contra isso, mas do que serve ver na hora do divertimento e lazer algo que já vemos todos os dias na rua ou nos jornais? Além disso, sabemos que o México é um país como o Brasil. Lugares muito bonitos e outros horrorosos. E ainda assim, a produção de Os Simuladores consegue mesclar os dois elementos de maneira soberba. Você tem certeza absoluta que eles estão México, mas ao contrário das séries brasileiras, isso não é o mais importante. Pra eles, o importante é a trama, não onde ela se passa. Ao contrário daqui, o cenário não é um personagem. A fotografia é muito boa e você segue o que importa, que é o enredo.
E nem venham com isso de "mostrar as mazelas". Chega de vender nossos produtos sempre baseado no que temos de pior, essa realidade que todos sabemos (e por todos, quero dizer o mundo todo), e que ao invés de combater, ficamos enaltecendo. Que me importa saber da vida de bicheiro ou de retirante, se é só olhar pela janela e ver isso? E deixando claro. Quem me conhece sabe que não sou a favor de separação de classes, de isolar o que temos de ruim ou, como ouço às vezes, tacar uma bomba na favela pra resolver isso. Só acho que a arte precisa ir além desse lugar comum que se tornou no Brasil. Só isso.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Assistencialismo e ciência

Estava ouvindo o Ministro Temporão (será que ele foi o último filho? a "raspa do tacho"? Irrelevante ¬¬)dizer que aqui no Brasil existem três laboratórios de referência para a produção de vacina contra a gripe A.

Em um país com quase 190 milhões de habitantes, TRÊS laboratórios!

Fico pensando na proporção de dinheiro gasto com bolsa família comparado ao investido em ciência e tecnologia.

Entre populismo e progresso, a população sai perdendo (inclusive e principalmente os beneficiários da bolsa familia).

Jeitinho brasileiro




Não escrevi sobre a "crise no Senado" porque acredito:
1) que não se trata de uma "crise"
2) que o problema não ocorre exclusivamente no Senado.

As crises têm como características serem passageiras. O que está acontecendo é a falência das instituições em geral e políticas no caso específico. Ou alguém pensa que o Executivo e o Judiciário estão em plena forma moral?

Vou perder tempo escrevendo sobre políticos que se perpetuam no poder até a morte, entrando e saindo do foco jornalístico conforme o escândalo da moda, indo (quando vão) e voltando (eles sempre voltam!) com os votos que NÓS lhe damos? Eu não!

A corrupção é a instituição nacional mais sólida e democrática que existe; todos participamos dela: eu, você, o restante da sociedade.

Temos os representantes que merecemos.

Em tempo: a função do Legislativo não é legislar? Por que tantas CPI´s? A politicagem impede o exercício da atividade legislativa e a sociedade perde.

Os ex-chatos


Quando dizíamos que não gostávamos que colocassem as mãos na nossa filha, éramos chatos, antipáticos, anti-sociais. O ato era considerado "carinho" e nós éramos os exagerados. Aí está o link do texto postado pelo Fabiano sobre o incômodo causado por estranhos que vinham encostar na pimpolinha:

Link para "Tirem as mãos, não beijem!"

Agora com a gripe A tem até campanha para não apertar mãos nem beijar os conhecidos.

De pais superprotetores passamos a pais cuidadosos.

Crianças não são brinquedos para entreter os outros, por mais fofas e bonitinhas que sejam. É dever dos pais proteger os filhos.

Portanto, mais do que em qualquer outro momento, NÃO PONHAM AS MÃOS, NÃO BEIJEM, NÃO CHEGUEM PERTO!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

TPM


Para quem sofre de TPM, procure uma dieta com base nas necessidades nutricionais de cada fase do ciclo.
Experimentei este mês sem muita rigidez, nem sei se dá para chamar de dieta, mas ter aumentado a ingestão de líquidos, substituído o café por cevada e bebido refrigerante com moderação fez com que eu não tivesse a terrível dor de cabeça que vinha tendo nessas épocas. A dor era fortíssima, incapacitante e durava aproximadamente duas semanas. Era a metade do mês perdida.

Cada vez mais acredito que adotar uma postura natural (não radical)e preventiva auxilia na saúde e no bem estar. Muitos chás e alimentos funcionais aos poucos se incorporam ao meu dia-a-dia. Difícil é abandonar os velhos maus hábitos, as crenças antigas, a cultura da alopatia. Aos poucos, chego lá!

sábado, 1 de agosto de 2009

Música e o que me importa - The Doors

The Doors (wiki)
Sim, não pude evitar falar o que cada um desses músicos, bandas representaram ou ainda representam para mim. Não vou falar da história e coisas que tal porque para isso existe a Wikipedia.
O The Doors é uma das banda norte-americana surgidas na fase áurea do rock, em 1967, impulsionada pelo estouro dos Beatles e uma das que sei o nome dos integrantes de cabeça. Estava comentando isso com a minha amada, que eu tenho essa estranha e inútil qualidade. Jim Morrison (voz), Ray Manzarek (teclado), Robby Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria), formaram uma das bandas mais explosivas e polêmicas do rock. E foi essa rebeldia que me fez procurar os Doors, em meus longínquos 18 anos. Estava começando a trabalhar em um banco e tinha um cara, acho que era Sirol, o sobrenome dele. Ele era fã de Doors e falava da banda a todo momento. chegou o amigo secreto da empresa e resolvi arriscar, pedi um CD deles. Ganhei de cara aquela coletânea dupla, com o Jim na capa, sem camiseta. Como a empresa ficava em Alphaville, Barueri e eu morava em Campinas na época, ía embora de ônibus fretado. Sim, 3 horas de ônibus por dia, faculdade a noite, enfim, correria.
Quando a bateria explodiu e começou o primeiro acorde do teclado de "Light my Fire", entrei em extâse. Fiquei ouvindo aquilo a viagem toda. Lembro ainda hoje, que um amigo meu, que faz tempo que não converso, o Sérgio, perguntou se o CD tinha "Touch Me". Ele viu que sim e pediu para ouvir. Outro petardo, outra porrada na minha cabeça. Até ali, eu só gostava de U2. Achava que o mundo era U2 apenas. E com o Doors, começou a minha perdição.
Fui trabalhar na Av. Ipiranga em São Paulo e conheci a Galeria do Rock, ali no centro. Comprei tudo que podia imaginar do Doors. Cheguei a ter todos os álbuns oficiais e mais uns bootlegs. Pirava (e ainda piro) ouvindo "Gloria", do Them, regravada por eles, "Hello, I Love You", "Love me Two Times", "Not To Touch the Earth", "The End', enfim, praticamente tudo. É a banda que ouço quando quero ouvir música alta no carro, é o que gosto de cantar, adoro imitar o Jim Morrison no palco. É sério, eu imitava mesmo, de fingir segurar o microfone, cantar de olhos fechados e tudo, aqueles pulos, cair no chão e continuar cantando. Eu me sinto possesso ao ouvir Doors, especialmente ao vivo. Aquele mistura de Rock, Dionísio e Cabaret é pura psicodelia e loucura.
Passaram-se mais de 10 anos que ouvi Doors pela primeira vez e por mais que eu esteja numa fase REM, é eles que realmente me importam, quando o assunto é Rock.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Cotidiano


Descendo:

Senhor, fazei com que ninguém entre no elevador enquanto levo o lixo, amém!

Voltando:

Obrigada, Senhor, porque ninguém entrou no elevador enquanto eu levava o lixo, amém!

...

Senhor, fazei com que ninguém entre e me veja com esses cabelos desgrenhados, cara de louca, chinelos e camiseta do Guns n´Roses, amém!

Entrando em casa:

Obrigada, Senhor, porque voltei a salvo dos olhares e narizes dos vizinhos enquanto levava o lixo, amém!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Música e o que me importa - Parte I

Estava pensando nest post nos últimos dias. Ele chega até a ser bobo, parece aquelas listinhas de adolescentes, mas achei que valia à pena compartilhar.

Passaram pela minha cabeça as bandas, músicos, compositores que realmente me influenciaram e mudaram alguma coisa em mim. Não é apenas gostar, sentir vontade de ouvir. Mas de causar transformação ou atingir fortemente minha vida. Algo como um, "top ten", do que a música representou pra mim.
The Doors
U2
The Smiths
John Coltrane
Johaness Brahms
Carl Nielsen
Gustav Mahler
Ludwig Van Beethoven
Charles Mingus
REM
Sonny Rollins
Miles Davis
Frank Sinatra
Johnny Hartman





terça-feira, 21 de julho de 2009

Ornette Coleman: Dancing in my Head




Lembro daquela série "Ken Burns: Jazz", que achei realmente muito boa, apesar dum certo desprezo pelos artistas do West and Cool. Não lembro de ter visto muita coisa sobre Chet Baker, Gerry Mulligan, Stan Getz ou a influência da Bossa Nova no jazz (não que eu goste de bossa nova, mas isso é outra história). Mas me chamou a atenção os músicos do chamado "Free Jazz". Se lembro bem, falava da influência de John Coltrane em todo o movimento e depois falava algo sobre os músicos. E o grande expoente era senho da foto, Ornette Coleman. Ficou muito claro em toda a série e pelos CDs lançados, quem eram, para Ken Burns, os grandes músicos do jazz. E para ele, Coleman era. Considerado um dos grandes saxofonistas do jazz, faltava vir a coragem de ouvir Free Jazz. Sim, eu ainda tenho medo de free jazz. Assim como música clássica moderna, eu sempre tive medo de música dissonante, aquela que parece que nada encaixa.
Mas aí, buscando na internet músicas do temido Ornette Coleman, encontrei uma chamada "Science Fiction". Coloquei para tocar e aquela balbúrdia de sons, aquela mistura que mais parecia aquele trecho caótico de "A Day in the Life" dos Beatles, me deixou hipnotizado. Essa sensação de hipnose, com jazz, aconteceu poucas vezes que lembro. "Olé", do Coltrane, "Solo Dancer" de "Stop! Look" And Listen, Sinner Jim Whitney (The Black Saint the Sinner Lady)", de Charles Mingus vem à cabeça. E de repente, o Free Jazz se abriu na minha mente.
Estava assistindo alguns vídeos de jazz com a pequena no YouTube (não que ela tenha gostado muito disso), e resolve procurar por Coleman. Aí, achei este aqui. Fantástico.
Fiquei paralisado quando ouvi esta "Theme From a Symphony", de tão deliciosa que é. É aquele tipo que se sugere a alguém que pergunta por onde começar a ouvir determinado estilo.
Decidi baixar uma coleção de CDs deste músico incrível, e como parte do pacote veio o álbum chamado "Dancing in Your Head". Apesar de não ser Free Jazz, é um baita de um fusion, uma mistura de jazz e rock das mais dançantes. São 4 faixas apenas, sendo que são apenas 2 músicas e uma versão de cada uma.
Foi ouvindo essa música que descobri que Ornette Coleman não é apenas saxofonista, mas também toca guitarra, trumpete, flugelhorn, e como Art Blakey, valorizou e ajudou a desenvolver jovens músicos. E à parte de toda a controvérsia se sua música era realmente música e se seu jazz era realmente jazz, lá estava ele, se divertindo, tocando um monte de instrumentos e vendo o público dançar. Quantos artistas de jazz podem se vangloriar disso?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Loucos por Livros?

Confesso que tinha outra visão da Discovery Kids. Realmente achava que era um canal educativo, que as crianças poderiam ficar assistindo tranquilamente, uma espécie de "refresco" para pais atarefados. Via meu sobrinho assistindo e no máximo achava o conteúdo "chato", por não ser voltado para pessoas da minha idade.

Mas após ter que encarar o canal diariamente, minha percepção mudou. Tirando os tremeliques que me dão quando ouço a voz do Barney ou o gritinho da abertura de "Princesas do Mar", vejo a Discovery Kids como um canal pseudo-educativo.

Longe de mim arrogar conhecimentos em pedagogia, mas parece que qualquer desenho que tente passar uma lição de moral ou ensinar qualquer coisa é considerado educativo. Aí não importa muito o que é passado ou como. Importa é que estamos "educando" nossos filhos.

Hoje, não quero falar dos desenhos em si, mas da hipocrisia de uma campanha chamada "Loucos por Livros". Sinceramente, um canal de TV falando de leitura soa comoque dizendo: "Ah, estamos fazendo nossa parte, falando para as crianças lerem. Agora, se eles não desligam a televisão, não é problema nosso...". Quero ver mesmo é falarem para desligar a TV, mais ou menos como faz a MTV.

Não que a MTV também esteja querendo que as pessoas deixem de consumir seu produto, mas ao menos faz mais sentido. A DK desata a colocar comerciais falando sobre leitura, mas parece não bater em muitos os casos. Mostram comerciais de desenhos que falam sobre "imaginação" e tentam vincular isso à leitura. Mostram os programas falando de livros, como Barney, Will e Dewitt e outros, mas não conseguem colocar vínculos fortes entre o conteúdo de seus desenhos com o ato de ler.

Qual a relação de um desenho chamado "Willa e os Animais", que fala sobre uma garota que tem vários bichos em casa com ler? Ou ainda, a "Garota Supersábia", que tem a palavra certa para cada situação com este hábito? É realmente forçar demais e criar uma campanha apenas para dizer que eles fazem a parte deles, que eles estão preocupados com as crianças, mas com a quantidade de brinquedos vinculados a certos programas, como "Backyardigans", "Charlie e Lola", "Lazy Town", além de desenhos baseados em brinquedos, como "Little People" (sim, eu sei que os brinquedos são bem antigos, década de 60), como ter certeza das intenções?

De minha parte, televisão só de vez em quando e quando não tem jeito de dar atenção mesmo. Se não gostar de ler, o que eu duvido, com as influências, que pelo menos vá arrumar mais que fazer. O que não quero é minha pequena sendo educada por um canal que de repente tem arroubos de conscientização. Arroubos, que como sabemos, são totalmente desinteressados.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Apenas uma observação

Uso smiles e emoticons. São bonitinhos, engraçados, agilizam a comunicação como exigem os mecanismos utilizados, enfim, têm seu valor.

Por outro lado, imbecilizam a escrita, uma vez que deixamos de usar os recursos disponíveis na Língua Portuguesa para colocar uma "carinha" no lugar.

Chegará o dia em que os teclados não terão letras, mas:
:)
:(
:/
tb
pq
qdo
\o/ (adoro esse!)
hehehe
rsrsrsrs
huahaua
kkkkkk

Não saberemos mais expressar ideias e emoções com ponto de exclamação, interrogação, ponto final, interjeições, onomatopeias, etc.

Os emoticons serão elevados à categoria de ideogramas ocidentais.

Assustador? Muito!

Profético?

Tomara que não!

sábado, 11 de julho de 2009

O Homem que Calculava


Esse livro deveria ter caído antes nas minhas mãos, no fim do primeiro grau ou início do segundo (ensinos fundamenal e médio, atual e respectivamente).

É leitura riquíssima, a ser sugerida por educadores de Matemática, Literatura, Língua Portuguesa, Filosofia, História, Geografia. Infelizmente no meu caso não o foi. Não tive a sorte de contar com professores dotados de amplitude intelectual suficiente para reparar nas inúmeras lições deliciosamente narradas em "O Homem que Calculava".

Não conseguirei esgotar aqui as qualidades que reconheci no livro antes mesmo de terminá-lo. Vale destacar as impressões causadas pelo encantamento de tão agradável leitura.

Não gosto de ciências exatas: é uma das tantas crenças que carrego desde não sei quando. Grande equívoco! A partir de certa idade começamos a questionar as crenças mais arraigadas, aquelas que parecem fazer parte do nosso jeito de ser, e não fazem: são apenas crenças embasadas em uma ou outra experiência infantil, no que ouvimos de figuras de autoridade, repetições de verdades falsas.

Uma das grandes queixas de quem está na escola é a suposta ausência de aplicação prática de fórmulas, conceitos e operações matemáticas. Ingênua ilusão. O mundo gira em torno de números, cálculos, formas, medidas, etc. Isso não é bom ou ruim por si; é fato.

O Homem que Calculava apresenta essa realidade de uma maneira desafiadora, além de mostrar a aplicabilidade da Matemática no dia-a-dia. Soluciona a reclamação dos alunos e os instiga a querer saber mais.

Outro aspecto a ser destacado é a interdisciplinaridade inerente ao conteúdo do livro.

Malba Tahan não é um sujeito do Oriente Médio: é o pseudônimo de Júlio César de Melo e Souza, professor brasileiro à frente do seu tempo não só por mostrar a Matemática de modo original, como por agregar indagações relativas a outros ramos do conhecimento. O estudante curioso certamente irá buscar saber mais sobre Alá, Islamismo, Alcorão, costumes, geografia, hábitos, cultura e demais características do Médio Oriente; enriquecerá seu vocabulário e ficará intrigado com os questionamentos filosóficos não só sobre as crenças a que me referi acima, como sobre a própria existência.

Não é uma leitura exaustiva, um tratado de matemática, tampouco um manual didático.

É mais do que isso, porque toca diretamente na vontade que as pessoas têm de conhecer, aprender, saber mais. Mexer na base, nos valores é o seu principal diferencial.

Lamento por não ter lido antes, fico feliz por estar lendo agora.

É uma jóia!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Comerciais idiotas 1

Link para o comercial: http://www.youtube.com/watch?v=XFPq7MmfR5Q&feature=PlayList&p=8690242986A7EF02&playnext=1&playnext_from=PL&index=4

Um comercial com fortes toques oníricos é o das Havaianas. Parece a narração daqueles sonhos sem sentido, nos quais pessoas improváveis surgem em locais absurdos, agindo de um jeito totalmente desprovido de sentido. O comercial é assim:

Uma roda de boteco onde um dos participantes é o Marcos Palmeira(!).

Está uma cantoria e de repente chega uma mulher repreendendo o pessoal que estava cantando enquanto o mundo passa por uma crise. A criatura está indignada, se achando "A" politizada do momento e subliminarmente chamando os bebuns que estão ali se divertindo de alienados.

Notem que lugar de bebum é no boteco mesmo, onde ativista político não aparece discursando porque não seria ouvido e seria tachado no mínimo de desmancha-prazeres.

No sonho comercial, o pessoal 1) para de se divertir 2) deixa a mulher falar 3) escuta a chata 4) baixa a cabeça como se estivesse achando a intervenção dela muito oportuna.

Cabisbaixos, envergonhados por estarem se distraindo durante uma crise econômica, um deles lamenta: "Tristeza..." Os companheiros abrem um sorriso, Marcos Palmeira (de novo!) começa a batucar com um par de Havaianas (?????), e continuam "por favor vai embora/ minha alma que chora..."

A pergunta que não quer calar: QUEM BATUCA COM CHINELO DE BORRACHA???? Que som tem um chinelo de dedo batendo no outro?

Afffffffffffffff

Pequena nota 1

Pais que agridem os filhos, seja qual for a maneira que usam para fazê-lo, são tolos.

Esquecem-se de que crianças crescem e, quando crescidas, lembram das agressões - que às vezes causam marcas indeléveis em seus espíritos.

Não sejam covardes. Não caiam no erro de olhar apenas para o momento presente, como se os filhos fossem ser para sempre crianças.

Eles crescem e o retorno é certo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Quebrando juramento

Jurei que não iria escrever sobre Michael Jackson. Aqui estou, diante da perplexidade pela qual fui tomada.

A vida e a figura dele sempre me pareceram bem tristes. A morte dele, porém, está indo muito além do mau gosto.

Apresentadoras noticiando os "SORTUDOS" que ganharam "INGRESSOS PARA O FUNERAL"!!!!

Peraí: desde quando funeral precisa de ingresso? desde quando a presença de alguém em um funeral é passível de sorteio? desde quando quem "ganha" num sorteio desses é sortudo? Mórbido demais pro meu gosto! Bizarríssimo!

Para completar o "show de horrores" (trocadilho?), um show MESMO, com artistas cantando e tal, no mesmo palco que o caixão com o morto dentro!!!!
Acho que vou vomitar!!!

O mundo parece ter se esquecido de que há o corpo de uma pessoa ali, já que o ícone suplantou o caráter humano do indivíduo.

Não sou uma fã, mas sou uma pessoa.

Que depois do circo, ele descanse em paz!

Cuidado com o que você lê, vê, ouve...

Tenho acompanhado a imprensa anunciar como verdade incontestável que houve um golpe de Estado em Honduras.

É mentira!

Quem procurar a Constituição de Honduras (agora é fácil de encontrar até mesmo em português) verá que Manuel Zelaya está longe de ser a vítima pintada pela mídia.

A ideia dele era realizar um referendo para possibilitar sua reeleição - o que a Constituição proíbe.

Quem "incitar, promover ou apoiar o continuísmo ou a reeleição do Presidente da República" perde a qualidade de cidadão. A atitude também está descrita como delito de traição à Pátria. Foi o que aconteceu com Zelaya.

O Judiciário declarou o referendo ilegal. O chefe do Exército, cumprindo a Constituição, não entregou as urnas e foi destituído do cargo pelo Presidente, sendo posteriormente reconduzido pelo Judiciário. Zelaya disse que não acataria a decisão judicial.

Resultado: Zelaya foi preso. Roberto Michelleti, presidente do Congresso, assumiu em seu lugar, como determina a ordem constitucional hondurenha.

Golpe haveria se o referendo se realizasse, uma vez que é proibido pela Constituição.
Golpe haveria se o desejo do Presidente se sobrepusesse ao comando constitucional.
Golpe haveria se a desobediência civil prevalecesse sobre o Estado de Direito.

O Exército agiu em defesa da Constituição. Associar "exército" com "golpe" ou " ditadura" é fruto de desinformação (ou de informação mal-intencionada).
Em novembro haverá eleições em Honduras. Torço para que o atual Presidente resista às pressões internacionais e se mantenha no cargo até a escolha popular.
Ditaduras e golpes, sejam de direita ou de esquerda, não são instrumentos justos para se alcançar o poder.

Em tempo: o que a mídia tem mostrado sobre o caso é revoltante. Um exemplo que me ocorreu agora (chegou a ser risível) foi a cobertura dada pelo Fantástico da tentativa de pouso do avião de Zelaya em Honduras. A câmera filmou os manifestantes bem de perto (para parecerem muitos) e disse que eram " milhares". Duvido!

Os jornais brasileiros de maior repercussão noticiam "golpe", referem-se ao "presidente deposto" (coitadinho!), e não explicam detalhadamente o que de fato acontece.

Portanto, cautela.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O ovo e os deuses

Estudos científicos revelam que o ovo faz mal à saude.
Estudos científicos revelam que o ovo faz bem à saude.

Os pretensamente racionais escarnecem de Deus e do desconhecido, mas idolatram a ciência. Pfffffffff

A Deusa Ciência, que satisfaz suas inquietações com verdades débeis ancoradas em provas momentâneas, até que apareça outra " verdade comprovada por estudos científicos".

A ciência é para os esclarecidos.
A fé é para os tolos.

Coerência

Não levanto bandeiras.
Não defendo ideologias.
Não meço milimetricamente todas as palavras que saem.
Não tenho ídolos.
Reservo-me o direito de mudar de ideia.
Às vezes creio, às vezes sou tomada por ceticismo, a maioria das vezes humildemente não sei.
Assumo posturas e volto atrás se assim me aprouver.
Tiro lições do que acontece.
Aprendo, aprendo e aprendo (é o propósito da existência).
A partir de certa idade, cada um é responsável por si.
Julgo e sou julgada pela ação ou pela inércia, pela arrogância, pelo orgulho, pelo silêncio, pela palavra, por ser ou por não ser. O juízo compete a cada um enquanto não se transforma em cobrança. A cobrança me agride porque me invade. Se sou responsável por meus atos, a ninguém cumpre me cobrar.
E continuo aprendendo.