segunda-feira, 28 de maio de 2012

Freewill - Rush

Ótima música do Rush. Meio que um tema para o meu ceticismo.




There are those who think that life
Has nothing left to chance?
A host of holy horrors
To direct our aimless dance

A planet of playthings
We dance on the strings
Of powers we cannot perceive
The stars aren't aligned
Or the Gods are malign
Blame is better to give than receive

You can choose a ready guide
In some celestial voice
If you choose not to decide
You still have made a choice

You can choose from phantom fears
And kindness that can kill
I will choose a path that's clear
I will choose free will

There are those who think that
They've been dealt a losing hand
The cards were stacked against them
They weren't born in Lotus-Land

All pre-ordained
A prisoner in chains
A victim of venomous fate
Kicked in the face
You can pray for a place
In Heaven's unearthly estate

You can choose a ready guide
In some celestial voice
If you choose not to decide
You still have made a choice

You can choose from phantom fears
And kindness that can kill
I will choose a path that's clear
I will choose free will

Each of us
A cell of awareness
Imperfect and incomplete
Genetic blends
With uncertain ends
On a fortune hunt
That's far too fleet

You can choose a ready guide
In some celestial voice
If you choose not to decide
You still have made a choice

You can choose from phantom fears
And kindness that can kill
I will choose a path that's clear
I will choose free will

sexta-feira, 25 de maio de 2012

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"Não entre em pânico" - Assim diz a capa do Guia do Mochileiro das Galáxias -
um livro que não é da Terra, jamais foi publicado na Terra e, até o dia em que ocorreu a terrível catástrofe, nenhum terráqueo jamais o tinha visto ou sequer ouvido falar dele. Apesar disso, é um livro realmente extraordinário. Na verdade, foi provavelmente o mais extraordinário dos livros publicados pelas grandes editoras de Ursa Menor, editoras das quais nenhum terráqueo jamais ouvira falar, também. O livro é não apenas uma obra extraordinária como também um tremendo bestseller, mais popular que a Enciclopédia Celestial do Lar, mais vendido que Mais Cinqüenta e Três Coisas para se Fazer em Gravidade Zero, e mais polêmico que a colossal trilogia filosófica de Oolonn Colluphid, Onde Deus Errou, Mais Alguns Grandes Erros de Deus e Quem É Esse Tal de Deus Afinal? Em muitas das civilizações mais tranqüilonas da Borda Oriental da Galáxia, O Guia do Mochileiro das Galáxias já substituiu a grande Enciclopédia Galáctica como repositóriopadrão de todo conhecimento e sabedoria, pois ainda que contenha muitas omissões e textos apócrifos, ou pelo menos terrivelmente incorretos, ele é superior à obra mais antiga e mais prosaica em dois aspectos importantes. Em primeiro lugar, é ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz impressa na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO.
Sim. Com esse prefácio esquisitíssimo, começa o "Guia do Mochileiro das Galáxias" de Douglas Adams. E, confesso, fui um daqueles preconceituosos que evitaram ler ou entrar em contato com a obra simplesmente por ter virado um best-seller, apesar do critério do tempo já estar transformando-o em um clássico (ao menos imagino). Lembro que vi o filme e achei engraçado, mas era uma onda da molecada ler o livro e ficar falando que eu acabei sendo chato e deixei de lado. Até que ao começar a ler sobre ateísmo, comecei a ver citações do Douglas Adams e muita gente comentando sobre o caráter cético e debochado. Acho que duas citações do livro me chamaram a atenção:

Ora, seria uma coincidência tão absurdamente improvável que um ser tão estonteantemente útil viesse a surgir por acaso, por meio da evolução das espécies, que alguns pensadores vêem no peixe-babel a prova definitiva da inexistência de Deus.
O raciocínio é mais ou menos o seguinte: 'Recuso-me a provar que eu existo', diz Deus, 'pois a prova nega a fé, e sem fé não sou nada.'
Diz o homem: 'Mas o peixe-babel é uma tremenda bandeira, não é? Ele não poderia ter evoluído por acaso. Ele prova que você existe, e portanto, conforme o que você mesmo disse, você não existe. Q.E.D.'
Então Deus diz: 'Ih, não é que eu não tinha pensado nisso?' E imediatamente desaparece, numa nuvenzinha de lógica."
E a outra:
"Não é o bastante ver que um jardim é bonito sem ter que acreditar também que há fadas escondidas nele?"

São dois trechos preciosos em meio a tantos. O nome deste post, inclusive, é algo engraçadíssimo, mas não vou explicar o motivo, pois vale a leitura. E o que falar de Zarquon, o profeta? Impossível não ser remetido ao Deus abrâmico, Jesus e demais pregadores do deserto.

Hoje, 25 de maio, é o Dia da Toalha, celebrando a vida de Douglas Adams (apesar desse dia ser de seu falecimento). Ou seja, se ver algumas pessoas andando por aí com toalhas no pescoço ou a tiracolo, haja naturalmente. São apenas aqueles que sabem que a qualquer momento podem pegar uma carona pelo espaço. E, como se sabe, uma toalha é o item mais útil em uma viagem espacial.


A toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido a seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando os inebriantes vapores marítimos; você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir socorro. E entre inúmeras outras funções, naturalmente, pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver razoavelmente limpa.
Porém o mais importante é o imenso valor psicológico da toalha. Por algum motivo, quando um estrito (isto é, um não-mochileiro) descobre que um mochileiro tem uma toalha, ele automaticamente conclui que ele tem também escova de dentes, esponja, sabonete, lata de biscoitos, garrafinha de aguardente, bússola, mapa, barbante, repelente, capa de chuva, traje espacial, etc, etc.
Além disso, o estrito terá prazer em emprestar ao mochileiro qualquer um desses objetos, ou muitos outros, que o mochileiro por acaso tenha “acidentalmente perdido”. O que o estrito vai pensar é que, se um sujeito é capaz de rodar por toda a Galáxia, acampar, pedir carona, lutar contra terríveis obstáculos, dar a volta por cima e ainda assim saber onde está sua toalha, esse sujeito claramente merece respeito.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Espaço Interplay

Ciência fora de casa. Que fantástico.

Vimos um anúncio no Guia Floripa falando sobre uma exposição que iria falar sobre a Lua. Na verdade, era isso:


Viagem à LuaDe 2/5 a 2/8
O museu interativo sobre o espaço sideral ensina de forma dinâmica como funciona o foguete e como construir um de brinquedo utilizando garrafas de plástico. Com imagens em 3D e mesa interativa de jogos, o Espaço Interplay contextualiza historicamente a conquista da lua, abordando alguns mitos e fazendo divertidos experimentos. 
Local: Espaço Interplay - Shopping Iguatemi - Av. Madre Benvenuta, 687 - Santa Mônica.
Horário: Não divulgado.
Valor: Não divulgado.
Informações e inscrições: (48) 3235 - 3325 ouespacointerplay.com.br

Como não atentamos para a data, acabamos indo no Shopping Iguatemi. Na verdade, tínhamos ido ao Beiramar Shopping, em um evento da Galinha Pintadinha. Mas como todas as entradas estavam esgotadas (!!!) e não tinha mais como ir naquele dia, acabamos indo pro Iguatemi, ver a Lua.
Mas, não era dia de lua cheia e tivemos que nos contentar com algo mais simples: o "Espaço Sensorial". É algo relativamente simples, se analisarmos. Eles criam, usando pouca coisa, salas que estimulam todos os sentidos. Foi surpreendente, por exemplo, a primeira sala e a sensação de amplitude feita com cabos de fibra ótica e espelhos. Não vou entrar em detalhes, porque a surpresa ajuda muito também. Pra quem tiver interesse: http://www.espacointerplay.com.br/espaco-sensorial.html

Foi um momento divertido e que acabamos passando bastante tempo no lugar. Ao sair (e ao chegar no lugar também),  percebemos que aquilo era uma loja. Mas não uma loja comum: é um espaço para brinquedos científicos e um lugar para as crianças brincarem e ao mesmo tempo desenvolverem gosto pela ciência e senso crítico! Óbvio que eles querem ganhar o dinheiro deles, mas nunca havia visto nada parecido. Aliás, a loja já é diferente pelo fato de você descer uma escada rolante e já chegar nela.
E brinquedos que vão dos clássicos quebra-cabeças lógicos até kits que a própria criança pode montar uma boneca. É sério: a criança, com a supervisão de um adulto, pode colocar o cabelo na boneca, fazer a roupa, o rosto, etc.

Vale à pena checar o site: http://www.espacointerplay.com.br/ e sinceramente, parabéns aos donos da loja por essa iniciativa. Eu espero, sinceramente, que dê certo. O estímulo à ciência é tão pouco na maior parte do mundo, que eu fico emocionado só de pensar que existe um lugar assim.

No fim, ainda não fomos na "Lua". Mas a quem se interessar, segue o folder do evento:

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Instrumental SESC Brasil

Esta é ouro: para quem gosta de música instrumental, como jazz, chorinho, tango, samba, MPB, existe um programa que passa no canal do SESC, chamado SESC Instrumental. Mas além disso, para quem não tem este canal, eles disponibilizam em um site TODOS os shows gravados: http://instrumentalsescbrasil.org.br/

Exemplos do que tem disponível: a banda de jazz do Luis Fernando Veríssimo (Jazz Seis), grandes bluesmen brasileiros como Nuno Mindelis e Flávio Guimarães, os grandes e importantes instrumentistas do Zimbo Trio, as bandas de Wagner Tiso e Nelson Ayres, a Banda Mantiqueira, músicos de destaque como Lan Lan, Hermeto Pascoal, João Donato, Ed Motta, Francis Hime, Altamiro Carrilho, Pepeu Gomes, Renato Borghetti, Yamandu Costa, Toninho Horta. Além de coisas novas e diferentes como Guizado (achei ótimo), Jogando Tango, Martinez JazzFunk, The Dead Rocks (ótima banda de Rockabilly), Sandro Albert Quartet, Ladies Instrumental e Claire Michael Quarter.

Uma amostrinha:

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Movimento Rápido dos Olhos?

No meu caso, foi totalmente R.E.M. (Rapid Eye Movement). Eu pisquei e eles terminaram a banda. Mais uma que vou ter que me contentar com as gravações apenas, sem saber o que é um show ao vivo. Claro, isso é egoísta. Afinal, eles que sabem da vida deles, mas pelo que vejo nos youtubes da vida, devia ser um baita de um show...

Bom, que Michael Stipe, Mike Mills e Peter Buck tenham feito a decisão certa e sejam muito felizes. Mas, óbvio, vou ficar torcendo para que isso não seja definitivo. :)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Michael Bublé

Por que diabos eu gosto de Michael Bublé? Eu sei que as pessoas acham ele cantor para adolescentes (o que fica bem claro nos shows dele), mas... Ele canta os standards do jazz. Ele tenta manter uma certa tradição nas músicas dele. Tem coisa que não consigo ouvir dele, mas a versão dele de "I've got the world on a string" é sensacional. Até as músicas mais pop, como "Everything" ou "Home" são bonitas.
Vejo um cantor cada vez mais maduro e que encontrou seu nicho. Ele sabe que é um cantor pop, mas que pode se permitir estar perto de Frank Sinatra, Tony Bennett ou Perry Como. Óbvio que ele não vai cantar só os standards, mas ele está ali sempre, flertando, subvertendo clássicos do rock como "Crazy Little Thing Called Love" do Queen e "Can't Buy Me Love" dos Beatles ou do Soul, como "Feeling Good", na voz de Nina Simone ou "How Sweet It Is" na voz de Marvin Gaye (originalmente do James Taylor). Ele está ali, sendo agradável com sua voz suave, seus scats, sua presença de palco. Dá pra ver como ele interage bem com a platéia, algo que Sinatra fazia muito bem.
Eu tinha uma certa vergonha de falar que ouço (e gosto muito do Bublé), mas e daí? O cara, como dizem em inglês, é o pacote completo. Tem uma voz bonita, gosta de inovar (ainda que dentro da roupagem pop), arrisca aqui e ali no jazz. Um crooner dos tempos modernos.

domingo, 5 de setembro de 2010

Rock com Ciência

Ajudando a divulgar o programa de rádio de um colega do Clube Cético (o Rubens, vulgo Zaphod Beeblebrox): http://biociencia.org/rockcomciencia/?p=49

Aí você pode baixar o podcast do programa e ver quem são os apresentadores.

Eu ouvi e gostei bastante. Um clima muito leve e uma bela idéia do que é a ciência, algo que eu realmente sou apaixonado, apesar de não ser um cientista e nem almejar ser.